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Em busca de apoio, presidente Dilma Rousseff se reúne com governadores

Um dos principais aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) entre os governadores, o catarinense Raimundo Colombo (PSD) foi um dos primeiros a confirmar presença no encontro convocado pela petista que acontecerá nesta quinta-feira, em Brasília. A expectativa do Palácio do Planalto era a presença dos 27 governadores para uma conversa sobre os impactos da crise econômica nos Estados e a tentativa de um pacto para barrar no Congresso Nacional projetos que aumentem despesas.

O apoio dos governadores seria um contraponto ao rompimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e a expectativa de uma “pauta bomba” no Congresso. Os governadores poderiam articular com os deputados federais de seus Estados para impedir a aprovação de novas derrotas do governo. No pacote, entraria também a tentativa de conseguir apoio para impedir um eventual pedido de impeachment pelo Congresso.

— É um pacto federativo se ajudando. Os governadores têm suas dificuldades neste contexto que o país está atravessando — afirma o deputado federal Décio Lima (PT), sobre o encontro.

As conversas entre Colombo e a presidente, e também com ministros, começaram ainda na semana passada, quando havia expectativa de que o pessedista pudesse atuar para convencer os colegas do Sul do país a participarem da reunião. O catarinense partiu para Brasília no final da tarde de ontem junto com o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni (PSD). Antes do encontro com Dilma, eles participam de uma reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre a reforma do ICMS, junto com outros governadores.

A aproximação de Colombo e Dilma começou ainda em 2013 e resultaram nos financiamentos que garantiram cerca de R$ 10 bilhões para o programa estadual Pacto por Santa Catarina. No ano seguinte, o catarinense declarou apoio à reeleição da petista, alegando que era uma posição pessoal e uma manifestação de gratidão. Colombo sempre ressalta que seu endosso é a Dilma e não ao PT, de quem sofre oposição em Santa Catarina.

Essa mesmo postura deve ser utilizada na crise política enfrentada pelo PT e pela presidente por causa das denúncias da Operação Lava Jato e os efeitos do desaquecimento da economia. Na inauguração da Ponte Anita Garibaldi, em Laguna, dia 15 de julho, Colombo garantiu solidariedade política à presidente. Em entrevista à jornalista Rosane de Oliveira, do jornal Zero Hora, no início do mês, ele falou sobre a relação com a presidente.

— A amizade pessoal não está relacionada à popularidade ou à impopularidade. É uma relação de admiração, de respeito. Ela foi eleita pelos brasileiros, ela merece, no mínimo, respeito. É claro que, neste momento, há toda uma fragilidade, um desgaste do governo, mas a gente precisa tocar o Brasil para frente, e quero colaborar.

Diário Catarinense

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