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Nova proposta é apresentada a servidores públicos municipais

Foto: Sul In Foco

Por: Eduardo Madeira | Jornalismo Cruz de Malta

Durante reunião realizada na manhã desta segunda-feira (17), no Auditório da Prefeitura de Lauro Müller, os servidores públicos municipais receberam nova proposta do poder público para mudança do regime celetista para o estatutário. Na última quinta-feira (13), os servidores rejeitaram a primeira sugestão, onde, segundo os trabalhadores, seria deixado de depositar os 8% do valor do salário-base referente ao FGTS.

Na nova sugestão, os servidores encontrarão duas propostas: aumento real de 1% ao ano durante oito anos e mais uma gratificação de dois meses de férias a cada cinco anos; ou 6% em três anos (2% por ano) e a licença de dois meses a cada cinco anos.

“Avaliamos a proposta de forma positiva, mas vamos levar para todos os servidores em assembleia para ser votada. Se o servidor apoiar, o sindicato apoia, se o servidor recusar, o sindicato recusa. Estamos aqui para lutar pelos servidores públicos”, afirmou João Batista Gonçalves, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Lauro Müller, em entrevista à Rádio Cruz de Malta.

Segundo Gonçalves, a nova assembleia será realizada na quarta-feira (19), às 19h, no auditório da Cooperativa de Eletrificação de Lauro Müller (Coopermila).

“Espero que não seja a mais drástica”

Durante a entrevista coletiva, o prefeito Valdir Fontanella ressaltou que, caso não haja aprovação de nenhuma das duas propostas, terá de tomar medidas mais drásticas, no caso, a demissão dos profissionais contratados em caráter temporário (ACTs). Na sexta-feira (14), servidores informaram que esses profissionais foram comunicados que seriam demitidos e, em razão dessa informação, uma manifestação foi realizada no sábado (15) e atravessou as ruas de Lauro Müller.

“Acredito que os servidores irão aprovar a proposta que causa menos impacto ao nosso município, que é a de 1% ao ano durante oito anos, porque além de incorporar ao 13º salário, com o ganho na aposentadoria e nas férias, entendemos que fica melhor que o FGTS”, avaliou Fontanella.

O prefeito afirmou que vem tentando diminuir a folha de pagamento desde o início da gestão e que, no momento, a folha gira em torno de 56%, enquanto o limite é 54%. “Como nós somos um órgão público, deveríamos adotar o modelo estatutário, onde deixamos de arrecadar o FGTS. Essa arrecadação faz com que possamos reduzir nossa folha, dando condição de nos enquadrar nos 54%, podendo conseguir as certidões negativas no Tribunal de Contas”, explicou.

Fontanella adiantou que, após a assembleia, o projeto será encaminhado em caráter de urgência para a Câmara de Vereadores. A expectativa do prefeito é que a medida aprovada “seja a menos drástica”, externando a contrariedade a demissão de funcionários.

“Não aceitamos a mudança de regime!”

Pela manhã, antes mesmo da reunião na prefeitura, o programa Cruz de Malta Notícias ouviu alguns dos professores que estiveram na manifestação do último sábado. Apesar de aguardarem a decisão do encontro, eram enfáticos na posição contrária a mudança de regime. “A luta continua, porque, pelo que andamos sabendo, o prefeito ainda tem o intuito de trocar de regime. Estamos de olho nos vereadores eleitos pela população de Lauro Müller. Como professores, estamos de olho nos vereadores e na proposta do prefeito, porque somos contra esse regime estatutário”, afirmou o professor Lucas Luciano.

Os professores entenderam ainda que a possível demissão dos ACTs seria uma forma de pressão do poder público aos servidores para que aceitassem a proposta.

Ouça abaixo a entrevista com João Batista Gonçalves:

Ouça abaixo a entrevista com os professores:

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