89,9 FM
SINTONIZE
(48) 3464-3364
LIGUE
(48) 99630-6000
MANDE WHATSAPP

Dilma diz ter sido ‘levada’ a trocar ataques com Aécio em debate na TV

Candidata à reeleição pelo PT, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (17) em entrevista coletiva em Florianópolis (SC) que foi “levada” a ter embate com o candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, durante debate na TV do qual participou nesta quinta (16).

Durante o debate do SBT, Dilma e Aécio voltaram a trocar agressões verbais, em tom semelhante ao do debate anterior, na última terça (14), em que ambos se atacaram mutuamente.

“Eu não tomei esse rumo [de embate com Aécio], eu fui levada a esse rumo. É claro que eu preferia fazer debate propositivo. […] Eu não posso me furtar ao combate, afinal, sou candidata e eu não posso usar de nenhum artifício para fugir das discussões”, disse a presidente”, disse a presidente.

Mais cedo, durante encontro com prefeitos catarinenses, em Florianópolis, que Aécio deixará o mercado aberto para a concorrência “destrutiva”. “Meu adversário acha que tem que deixar o mercado aberto pra toda e qualquer forma de concorrência destrutiva. O meu governo acha importante fazer política de conteúdo local, dando preferência para indústrias brasileiras nas compras governamentais”, disse a presidente.

Durante o encontro com prefeitos em Florianópolis, Dilma voltou a afirmar, como tem feito em eventos de campanha, que estão em disputa nas eleições dois projetos que já governaram o país e que não há comparações de sonhos, mas realizações.

“O PSDB cria o desemprego porque acha que precisa fazer ajustes, reduzindo empregos e salários. Eu crio empregos e melhoro salários. Criando empregos e melhorando salários, a gente abre a possibilidade de todos crescerem. No meu governo, todas as classes sociais melhoraram”, afirmou.

Durante o discurso, a presidente voltou a dizer que em seu governo há o combate “incessante” à corrupção. Além disso, a candidata do PT à reeleição reafirmou ter dado autonomia à Polícia Federal e que não há, atualmente, o “engavetador da República”.

Ao pedir voto “combativo” aos militantes, a presidente disse que a população brasileira vive melhor e tem mais acesso a serviços públicos que em anos anteriores.

“Diante da urna teremos dois projetos de país. Precisamos votar lembrando quem fez programas sociais para o nosso povo, que mudou a vida de todos. Nosso povo hoje vive melhor, tem mais acesso que antes. Por isso peço o voto de vocês, um voto combativo”, argumentou.

Ainda no discurso, Dilma voltou a defender projetos do governo federal, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e prometeu criar, caso seja reeleita, o Mais Especialidades, que estabelecerá no país uma rede de clínicas especializadas, integradas por unidades do sistema público já existente.

Críticas ao governo FHC
Dilma voltou a afirmar que o Brasil “quebrou” três vezes durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Presidência e disse que o país estava “frágil” em 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Palácio do Planalto.

A candidata do PT afirmou ainda que o Brasil não investia em proteção de desastres naturais e defendeu a ascensão social dos últimos anos. “Eu tenho orgulho de fazer parte de um projeto que levou 36 milhões a sair da miséria e 42 milhões a ir para a classe média”, disse.

Propostas para a segurança
A presidente voltou a defender que sejam criados nas capitais centros integrados de comando e controle, assim como os que foram instalados no período da Copa do Mundo e do primeiro turno das eleições. A candidata do PT à reeleição destacou ainda que o governo federal deve ter “maior responsabilidade” sob a segurança pública.

“O crime acontece de forma integrada. Ou nós todos nós nos unimos ou ele vai continuar. É uma ação conjunta. Se eliminarmos de um estado, vai para outro”, alegou.

Santa Catarina vive a terceira onda de atentados comandadas por facção criminosa neste ano. Até esta sexta, 110 ataques já haviam sido registrados em todo o estado – ônibus têm sido queimados e casas de agentes de segurança, atingidas por tiros.

‘Não somos da guerra’
À tarde, a candidata do PT cumpriu agenda de campanha em Curitiba, no Paraná. Ao lado do vice-presidente, Michel Temer, e de lideranças locais, ela falou a militantes do partido e não conversou com a imprensa. Durante seu discurso, Dilma afirmou que ela e seus aliados não são da “guerra” e nem da “briga” mas que, se forem desafiados, encaram “uma boa briga”.

Esta foi a primeira vez que a candidata à reeleição foi ao Paraná durante a campanha eleitoral. A concentração da passeata ocorreu na Praça Santos Andrade e seguiu por ruas do Centro de Curitiba até a Praça Generoso Marques, onde um caminhão de som aguardava Dilma e os militantes. Segundo a campanha petista, mais de 12 mil pessoas participaram do evento.

“Nós não somos da guerra, nós não somos da briga. Mas quando nos desafiam, a gente encara uma boa briga”, afirmou a petista.

FONTE: G1

Sobre o autor

Comente!

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.